Trinta minutos de atividade física - em qualquer intensidade - seis vezes por semana pode reduzir os riscos de morte por qualquer causa em 40% em homens idosos. O estudo publicado no Journal of Sports Medicine sugere que aumentar a frequência de exercícios físicos na terceira idade pode fazer tão bem à saúde quanto parar de fumar.
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Pesquisadores se basearam nos resultados do Oslo Study, uma pesquisa feita com cerca de 26 mil homens que nasceram entre os anos de 1923 e 1932, submetendo-os a exames entre 1972 e 1973, durante a primeira fase do estudo. 15 mil deles tiveram peso, altura, colesterol e pressão arterial avaliados. Eles também tiveram que responder questões relacionadas ao tabagismo e à frequência de atividade física.
Os indivíduos foram classificados como sedentários (de acordo com o tempo que passavam diante da TV ou lendo); leves (os que andavam a pé ou de bicicleta, incluindo para ir e voltar do trabalho por pelo menos quatro horas por semana); moderados (aqueles que praticavam atividade esportiva, ou jardinagem pesada por pelo menos quatro horas por semana); e vigorosos (os adeptos de treinamentos pesados ou esportes competitivos várias vezes por semana).
Cerca de seis mil homens que participaram da primeira etapa da pesquisa repetiram o processo em 2000. Eles foram monitorados por quase 12 anos para que os pesquisadores pudessem analisar se o nível de atividade física estava associada com a diminuição de riscos de morte por doenças cardiovasculares ou outras causas.
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A experiência mostrou que praticar menos uma hora por semana de atividade física leve não esteve associado a qualquer redução significativa no risco de morte por qualquer causa. Porém, mais de uma hora semanal reduziu o risco entre 32% e 56%. Menos do que uma hora de exercícios mais pesados foi relacionada a uma redução do risco de morte cardiovascular e por qualquer causa entre 23% e 37%. E, também, quanto mais tempo era gasto com atividades intensas, menor era o risco de morte, caindo para entre 36% e 49%.
Ainda de acordo com o estudo, os homens que praticaram exercícios rigorosos durante o tempo de lazer viveram cinco anos mais, em média, se comparados com aqueles que foram classificados como sedentários.
Em geral, os resultados afirmaram praticar meia hora de atividade física - com intensidade intensa, moderada ou leve - por seis dias na semana apresentou relação com um risco 40% menor de morte por qualquer causa. Segundo pesquisadores, o impacto pareceu ser tão bom para a saúde quanto a iniciativa de parar de fumar nesta faixa etária.
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Por ser um estudo observacional, não há conclusões definitivas que possam ser retiradas dos resultados. Mas os pesquisadores acreditam que o fato de homens idosos serem fisicamente ativos pode acarretar a uma melhora em problemas de saúde nessa idade.