Os hospitais Nossa Senhora das Graças e Pronto Socorro de Canoas, na Região Metropolitana, voltaram a realizar atendimentos de casos graves. As internações de novos pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTI) estavam suspensas desde o dia 8 de novembro, mas foram retomadas na terça-feira (19).
A restrição ocorreu devido a um problema no sistema de ar comprimido. Um vazamento de óleo afetou o aparelho de ventilação mecânica das unidades de traumatologia e geral, o que impossibilitava o atendimento adequado. Uma empresa foi contratada para o reparo e segundo a prefeitura, o problema já foi solucionado.
Durante o período, o município solicitou que o governo do Estado não encaminhasse novos casos aos hospitais. Apenas pacientes de Canoas e Nova Santa Rita estavam sendo atendidos nas UTIs.
Referência para mais de cem municípios
Atualmente, cerca de 30 leitos estão sendo divididos para os dois hospitais. A sede do Pronto Socorro de Canoas, que fica no bairro Mathias Velho, foi totalmente afetada pela enchente de maio. Por conta disso, casos de traumatologia e emergência estão sendo atendidos na estrutura do Nossa Senhora das Graças.
Mesmo com a limitação, o HPS segue sendo referência para mais de cem municípios do Rio Grande do Sul. A SES afirma que são realizadas adequações, quando necessário, por parte do departamento de regulação de leitos.
Em setembro, a sede do HPS voltou a receber pacientes de baixa e média complexidade. A expectativa é de que o local reabra por completo no mês de dezembro.
Greve de médicos do Hospital Nossa Senhora das Graças
Durante o mês de novembro, os mais de cem médicos terceirizados do Hospital Nossa Senhora das Graças anunciaram suspensão de cirurgias e consultas agendadas. O motivo seria a falta de pagamento dos salários.
Uma decisão da Justiça determinou que o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) não "instigue os médicos a realizar qualquer tipo de paralisação nos atendimentos hospitalares da cidade". A decisão foi emitida pela 4ª Vara Cível do Foro de Canoas e estipula multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Em nota, o Simers informou que cumpre as decisões judiciais, mas está adotando os recursos cabíveis para reverter as "determinações que considere injusta e em dissonância com a realidade dos fatos". Além disso, o sindicato destaca que as reivindicações dos médicos devem ser respeitadas, diante do descumprimento contratual por parte da prefeitura de Canoas.