A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES-RS) intensificou as orientações de cuidados contra a coqueluche. Em nota divulgada nesta terça-feira (16), a pasta informou que o incentivo à vacinação do público alvo, que abrange crianças, gestantes, profissionais e trabalhadores de saúde, busca garantir a não-transmissão da doença.
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por uma bactéria que pode atingir os brônquios pulmonares e a traqueia. A vacinação é a principal medida preventiva.
O calendário vacinal de rotina das crianças contempla a aplicação de três doses da pentavalente (com dois, quatro e seis meses de idade) e dois reforços, aos 15 meses e aos quatro anos, com a tríplice bacteriana, que pode ser aplicada até os sete anos de idade.
O imunizante também é recomendado para gestantes, com a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa), sendo administrada a cada gestação, a partir da vigésima semana até, preferencialmente, 20 dias antes da data provável do parto. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) prevê, ainda, a indicação da dTpa para profissionais de saúde com atuação em maternidades e unidades de internação neonatal.
Em razão do crescimento nacional no número de casos neste ano, o PNI ampliou, em maio, de forma excepcional, a indicação da vacina dTpa para trabalhadores da saúde em serviços públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, com o atendimento em:
- Ginecologia e obstetrícia
- Parto e pós-parto imediato, incluindo as casas de parto
- Unidade de terapia intensiva (UTI) e unidades de cuidados intensivos (UCI) neonatal convencional, UCI canguru, berçários e pediatria
- Profissionais que atuem como doula
- Trabalhadores que atuem em berçários e escolas infantis, com atendimento de crianças até quatro anos de idade
Avanço nos números
Em 2024, a União Europeia divulgou um boletim sinalizando o aumento de casos da doença em 17 países, com mais de 32 mil casos registrados nos três primeiros meses de 2024, contra 25 mil ao longo de todo o ano passado. No Brasil, Estados como o Rio de Janeiro e São Paulo também apresentaram elevação significativa.
Conforme dados que consideram até 6 de julho, foram confirmados 14 casos da doença no RS em 2024. Além desses, há oito suspeitas sob investigação. No mesmo período, em 2023, haviam sido confirmados 11 registros de coqueluche.
Os sintomas podem durar de seis a 10 semanas e, em alguns casos, um tempo até maior, dependendo do caso clínico do paciente.
Os principais sintomas incluem:
- Crises de tosse e guincho inspiratório
- Mal-estar geral
- Corrimento nasal (coriza)
- Tosse seca
- Febre baixa
- Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada
- Tosse pode ser tão intensa a ponto de comprometer a respiração
- Crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo