Na tarde desta quarta-feira (7), o governador Eduardo Leite participou de uma reunião virtual com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que debateu a situação da dengue no país. O chefe do Executivo gaúcho pediu que sejam feitos esforços para o avanço “seguro e ágil” da produção dos imunizantes. O Estado não tem previsão de receber vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS) e sofre com falta de imunizantes na rede privada.
— A vacina pode não ser a solução definitiva, mas há muita expectativa em torno dela, especialmente no que se refere àquela produzida pelo Instituto Butantan, por se tratar de dose única. Peço que tenhamos o mesmo esforço que tivemos durante a covid-19, com toda a segurança necessária, para serem realizados os processos de testagem, registro e disponibilização — disse Leite.
Nísia Trindade afirmou que o governo federal tem atuado para agilizar a distribuição das doses, assim como a produção do imunizante.
— O Butantan se encontra na fase três da produção, que é de dose única, mas o dossiê ainda precisará passar por análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) — disse.
A ministra deu detalhes sobre como deverá ser a atuação do Executivo federal nos próximos movimentos no combate à dengue:
— Nosso compromisso é unir forças para usarmos o que for possível de plantas nacionais para produção da vacina da Takeda, bem como do Butantan. Espero que tenhamos, o quanto antes, um plano de distribuição da que estamos recebendo do Japão. Também espero que haja agilidade na autorização da vacina do Butantan, acrescentou Nísia — acrescentou ela.
Leite informou que o RS possui um plano de contingência em execução para combater a proliferação da doença, além de ter um sistema de monitoramento que permite acompanhar a situação da dengue por regiões e municípios.
Segundo o governo estadual, dos 497 municípios gaúchos, 483 já realizaram o encaminhamento dos respectivos planos para o governo do Estado e agora passam por uma revisão da Secretaria Estadual da Saúde (SES), para que as providências necessárias sejam tomadas.
No Rio Grande do Sul, atualmente mais de 90% dos municípios enfrentam infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e da zika. Em 2024, foram registradas duas mortes e contabilizados 2.534 casos confirmados.