O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) assinou nesta terça-feira (24) termo de cooperação técnico-científica com a Fundação Estatal Saúde da Família (FESF), que tem sede em Salvador. A instituição pública baiana de direito privado é a responsável pela criação da iPES, uma plataforma eletrônica da saúde, que será implantada na rede de atenção do Grupo em Porto Alegre em cerca de 30 dias.
A previsão é do diretor-presidente do GHC, Gilberto Barichello. Ele explica que com a plataforma haverá integração entre os sistemas das 12 unidades de saúde da Zona Norte, quatro Centros de Atendimento Psicossocial, a Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar e os quatro hospitais que estão sob gestão do Conceição (Hospital Conceição, Hospital da Criança, Hospital Fêmina e Hospital Cristo Redentor). Assim, os prontuários de pacientes estarão disponíveis em toda a rede.
— Por exemplo: o médico vai ver que esse paciente há 20 dias já fez o exame X, o exame Y, já foi atendido, então ele não precisa pedir novos exames. Isso reduz custo e também reduz tempo de espera e o tempo do diagnóstico. Ele já tem o histórico de saúde da pessoa na frente dele, no computador — descreve.
Segundo Barichello, não há como estimar qual a redução do tempo de espera ou de custos, pois isto varia de acordo com cada caso. Conforme o diretor, o grupo vai investir cerca de R$ 50 mil por mês para implantação da plataforma e transferência de tecnologia.
— É um valor muito baixo em relação ao mercado porque é uma plataforma desenvolvida pelo setor público, no caso, o governo da Bahia via Fundação Estatal da Saúde da Família. Portanto, o máximo de custos que eles têm é uma taxa de administração para os custos operacionais, eles não têm objetivo de lucro.
Conforme Barichello, no mercado privado o custo de um software hospitalar seria em torno de R$ 6 a R$ 7 milhões. Ele afirma que a parceria deve durar dois anos e após este período, com a transferência de tecnologia, profissionais do próprio GHC passarão a gerir o sistema.