Parte dos médicos da Santa Casa de Misericórdia de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, realiza desde a última segunda-feira (18), uma paralisação na realização de cirurgias eletivas. De acordo com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) os procedimentos agendados estão suspensos na instituição. A prefeitura, porém, diz que que poucos profissionais teriam aderido ao movimento, não causando a suspensão total.
Procedimentos de emergência não são afetados. Até o momento, não há uma previsão para normalizar os atendimentos.
Segundo o Simers, os médicos decidiram suspender os atendimentos devido à falta de previsão do hospital em quitar dívidas com os profissionais. O Sindicato destacou que aguarda a apresentação de um cronograma de pagamento dos honorários médicos em aberto, referentes aos anos de 2017 e 2018.
Em nota, o Simers informou que o início das negociações relativas aos dois anos deveria ter ocorrido logo após o pagamento da última parcela de dezembro de 2020, ocorrida em maio deste. Além disso, os médicos alegam não estarem recebendo retorno da instituição e nem da prefeitura do município.
GZH entrou em contato com a direção do hospital, que informou que não irá se manifestar ou dar detalhes sobre o caso.
O Simers não informou a quantidade de médicos que pararam de realizar os procedimentos.
Leia a nota do Simers na íntegra
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) torna pública sua indignação com a Administração da Santa Casa de Livramento devido ao descumprimento de acordo judicial pactuado entre a instituição, prefeitura e Simers, que previa a apresentação de cronograma de pagamento dos honorários em aberto dos anos de 2017 e 2018.
O início das negociações relativas ao adimplemento dos anos de 2017 e 2018 deveria ter ocorrido logo após o pagamento da última parcela de dezembro de 2020, ocorrida em maio do corrente ano. Porém, o hospital tem protelado a resolução da questão, já que sequer tem retornado os contatos do sindicato.
Nota-se que Santa Casa tem se negado a atender o Simers, e diante deste fato, o sindicato irá oficiar, novamente, a prefeitura e o hospital informando o início da suspensão dos procedimentos eletivos, para a partir do próximo dia 18. O Simers solicita resposta formal dos envolvidos, com apresentação de data de pagamento e assinatura de termos de confissão de dívida, a fim de que não sejam necessárias medidas que possam gerar desassistência à população local e regional e que, de fato, seja cumprido o acordo.