O vírus sincicial respiratório (VSR) causou, até esta segunda-feira (15), cinco mortes e mais de 630 internações e no Rio Grande do Sul em 2023. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), dois óbitos foram em maiores de 60 anos, um de um adolescente de 15 anos e outro em um bebê com menos de um ano. Os dados mostram que 94,9% das 632 hospitalizações ocorreram em crianças com menos de nove anos.
O vírus sincicial respiratório afeta o trato respiratório, principalmente das crianças, e tem capacidade de causar quadros mais graves em determinados pacientes. Os sintomas são parecidos com os da gripe (tosse, febrícula, coriza e secreção) e tendem a passar no quinto dia. Já quem precisa de atendimento médico pode apresentar uma dificuldade respiratória progressiva, com falta de ar e chiado.
Conforme a pasta, houve em 2023 uma mudança na técnica laboratorial usada no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen-RS) para o VSR. Atualmente é usado um kit para a RT-PCR (biologia molecular), chamada de quadriplex. Ele testa simultaneamente para influenza A e B, SARS COV-2 e VSR. De acordo com a Secretaria, a RT-PCR tem uma "técnica de maior sensibilidade e especificidade, podendo aumentar a positividade do VSR em função disto".
Segundo a SES, a partir da segunda quinzena de março, ocorreu aumento expressivo das internações por VSR. O vírus, conforme o Ministério da Saúde, possui caráter sazonal, com predominância nos períodos de outono e inverno.
O VSR é considerado muito contagioso e é transmitido pelo ar, por toque e por objetos contaminados. A prevenção é parecida com outras infecções virais: evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas, manter os ambientes com ventilação adequada, higienizar as mãos com sabão ou usar álcool gel e usar máscaras faciais.