A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, neste sábado (20), uma rede internacional de vigilância para detectar rapidamente as ameaças que representam doenças infecciosas emergentes, como a covid-19, e compartilhar informação para prevenir pandemias.
Conforme a OMS, a Rede Internacional de Vigilância de Patógenos (IPSN, na sigla em inglês) proporcionará uma plataforma para conectar países e regiões, melhorando os sistemas de coleta e análise de amostras.
A rede deve facilitar a identificação rápida e a rastreabilidade das doenças transmissíveis, assim como o intercâmbio de informação e as medidas necessárias para prevenir catástrofes sanitárias como a pandemia de coronavírus.
Ela terá como base a genômica, com sequência do genoma de vírus, bactérias e outros patógenos e estudar o seu funcionamento para determinar contágio, periculosidade e difusão.
A nova rede, que será implementada na véspera da Assembleia Mundial da Saúde, que a cada ano reúne os países-membros da OMS em Genebra, Suíça, terá uma secretaria dentro da OMS, a Hub for Pandemic and Epidemic Intelligence, e reunirá informação sobre pandemias e epidemias.
A OMS assinalou que, apesar de a pandemia ter incentivado os países a melhorarem sua capacidade de sequenciamento de genomas, muitos continuam carecendo da capacidade necessária para reunir e analisar amostras. A nova rede mundial terá como missão enfrentar esses desafios.
— (A nova rede deverá) dar a todos os países acesso à sequenciamento do genoma dos agentes patogênicos e às análises no âmbito de seu sistema de saúde pública — disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.