A prefeitura de Porto Alegre emitiu nesta quinta-feira (2) um alerta para o risco de Porto Alegre enfrentar uma endemia (quando uma doença tem recorrência em uma região) de dengue. Conforme a Vigilância em Saúde, nesta quarta-feira (1º), foi confirmado o primeiro registro de Dengue tipo 2 na cidade.
Esta é a primeira vez que a Capital confirma este sorotipo da doença, que é mais agressivo. Além disso, esta identificação ocorreu em um caso autóctone, ou seja, contraído dentro do município. Outros 11 casos de dengue já tinham sido identificados, mas de sorotipo 1.
Para a Vigilância em Saúde de Porto Alegre, essa confirmação gera preocupação com um aumento de casos graves e registro de óbitos. Isso ocorre porque em 2022 houve o registro de 4.669 casos confirmados. Caso as pessoas atingidas se infectem com este novo sorotipo, podem ter prejuízos maiores a saúde.
— Existem quatro tipos de dengue e a pessoa é infectada somente uma vez com cada um deles. No entanto, se alguém é infectado pela segunda vez, com um novo sorotipo, o risco de evoluir para um caso grave da doença aumenta muito. Por isso, se começar a sentir os sintomas da dengue é importar buscar por atendimento médico imediatamente e não se automedicar — ressaltou o Diretor da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter.
A prefeitura pede que os moradores se mantenham vigilantes, evitando o acúmulo de água parada e denunciando pelo número 156 locais de possível proliferação do mosquito. A presença do Aedes aegypti é observada em toda cidade. No entanto, alguns bairros apresentam risco elevados de infestação.
Neste momento, os bairros com alta presença do mosquito são Cidade Baixa, Costa e Silva, Higienópolis, Mário Quintana, Menino Deus, Passo da Areia, Rubem Berta, Santana, Santo Antônio, Sarandi, Três Figueiras, Vila Ipiranga, São Sebastião, Santa Rosa de Lima, Mont Serrat e Bela Vista.
— Se alguém encontrar o mosquito transmissor em casa, pode ter certeza que há um criadouro a cerca de 150 metros. O Aedes não vai longe, então é preciso ficar atento aos locais de acúmulo de água. Conforme o que observamos, de 70 a 85% dos recipientes onde há o encontro das larvas são pequenos — afirmou Ritter.