A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está em “fase final” de análise para emitir parecer a favor ou contra a liberação de uso de uma vacina da Pfizer contra a covid-19 de segunda geração, informou o órgão a GZH nesta quarta-feira (16).
No fim de setembro, a farmacêutica norte-americana solicitou à agência reguladora a liberação para vender, no Brasil, a vacina bivalente — termo usado para designar uma vacina atualizada contra a covid-19, que combate a cepa original do Sars-Cov-2, mas também a variante Ômicron em suas subvariantes BA.1, BA.4 e BA.5.
A nova vacina da Pfizer já é usada nos Estados Unidos, no Chile, no Canadá e na Europa. O produto oferece maior proteção, sobretudo contra infecções leves. A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB) pedem que o governo ofereça o mais rápido possível vacinas atualizadas para reduzir o impacto da nova onda de covid, gerada pela variante BQ.1, “neta” da Ômicron.
A Anvisa afirma que o processo passou pelas etapas de análise dos dados informados pela Pfizer, por questionamentos da agência reguladora e esclarecimentos do laboratório, além de discussão com sociedades médicas brasileiras.
“Os processos estão em fase final de análise pela área técnica para posterior envio à diretoria da Agência para deliberação, considerando que se trata de autorização de uso emergencial. Não há ainda data fixada de decisão, mas a mesma deve ocorrer em breve”, diz a Anvisa.
Liberação da vacina da Moderna
A agência reguladora informa que teve reuniões com a farmacêutica Moderna para explicar como funciona o processo de autorização de vacinas no Brasil — o laboratório nunca pediu autorização para venda de seu imunizante no país, ao menos até agora, mas os encontros com a Anvisa sinalizam que há interesse do laboratório.
“É importante esclarecer que na Anvisa nenhum processo de análise fica paralisado e que as análises de produtos, medicamentos e vacinas contra a covid-19 continuam sendo priorizadas. A Agência mantém o seu compromisso com uma avaliação técnica, conforme as melhores práticas, para garantir a qualidade, eficácia e segurança das vacinas”, informou.