A campanha anual de imunização contra a poliomielite foi encerrada no último sábado (22) no Rio Grande do Sul, depois de ser prorrogada duas vezes devido à baixa adesão, mas as vacinas continuam disponíveis nos postos de saúde para que as crianças possam completar o chamado esquema de rotina.
O Estado atingiu, na média, 76% de cobertura do público-alvo, que são crianças entre um e quatro anos de idade. A meta estabelecida pelo governo federal é de 95%. Porto Alegre teve um desempenho bem inferior: apenas 47% receberam as gotinhas de reforço. Os números oficiais ainda podem sofrer variações, conforme as prefeituras vão atualizando seus registros. Há Estados que estenderão as campanhas até 31 de outubro.
A diferença entre a mobilização nacional anual e o esquema previsto no Programa Nacional de Imunizações (PNI) é que, no primeiro caso, são dadas as gotinhas a todas as crianças entre um e quatro anos, indiscriminadamente — desde que já tenham recebido, antes, as vacinas injetáveis, indicadas para bebês ao longo do primeiro ano de vida, em três aplicações. O PNI orienta ainda que, aos 15 meses e aos quatro anos, sejam administrados reforços, na versão em gotas.
Quem estiver com alguma dose em atraso pode recuperá-la antes de completar cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias). Após essa idade, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, não se orienta mais a vacinação.
Na Capital, todas as 123 unidades de saúde oferecem as vacinas. É importante que mães e pais busquem orientações junto às prefeituras de suas cidades e, no caso de dúvidas sobre a caderneta dos filhos, questionem um profissional de saúde.
Esquema vacinal contra a pólio
Vacina Poliomielite 1,2,3 inativada (VIP)
- Dose: 0,5ml via intramuscular
- Esquema: três doses (aos dois, quatro e seis meses de vida)
Vacina Poliomielite 1,3 atenuada (VOP)
- Dose: duas gotas, por via oral
- Esquema: reforços aos 15 meses e aos quatro anos
Atrasos
- Quem tiver doses faltando pode recuperá-las antes de completar cinco anos (até os 4 anos, 11 meses e 29 dias). Após essa idade, não se orienta mais a vacinação
- Um profissional de saúde pode analisar a caderneta de vacinação e verificar se o esquema está em dia, dando as orientações necessárias
Campanhas nacionais anuais
- Crianças entre um e quatro anos devem receber reforço com a VOP (gotinhas), desde que já tenham recebido as três doses da VIP previstas no esquema básico