Uganda registrou a primeira morte provocada pelo vírus do ebola desde 2019, informou nesta terça-feira (20) o Ministério da Saúde. O órgão anunciou um foco da doença em Mubende, na região central do país."O caso confirmado é de um homem de 24 anos, que apresentou sintomas da doença e faleceu", afirmou o ministério no Twitter.
O caso foi provocado por uma cepa rara procedente do Sudão, que não era observada em Uganda desde 2012, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na África, que anunciou o envio de uma equipe para ajudar nas investigações e na resposta.
A ministra da Saúde do país, Ruth Jane Aceng, afirmou à AFP que as autoridades começaram a vacinar os trabalhadores que estão na linha de frente, como profissionais da saúde, das forças de segurança e agentes da imigração e alfândega, nas áreas de fronteira com a República Democrática do Congo (RDC).
Em agosto foi registrado um caso na província congolesa de Kivu Norte, na fronteira com Ruanda e Uganda, menos de seis semanas depois da declaração do fim de uma epidemia na RDC.
— Enviamos 12 mil doses da vacina (contra o vírus do ebola) e esperamos outras 10 mil doses adicionais este mês, para controlar uma eventual propagação do ebola no país — acrescentou a ministra.
— Além disso, intensificamos a vigilância e busca de contatos do caso confirmado.
Uganda já registrou várias epidemias de ebola, a mais recente em 2019, com um balanço de cinco mortos.
O vírus do ebola pode ser fatal, com taxas de mortalidade de até 90% para algumas cepas, embora atualmente existam vacinas e tratamentos contra esta febre hemorrágica, que é transmitida aos humanos por animais infectados.
A transmissão entre pessoas ocorre por meio de fluidos corporais. Os principais sintomas são febre, vômitos, sangramento e diarreia.
A RDC, vizinha de Uganda, registrou 14 epidemias de ebola, a mais recente delas entre abril e julho de 2022.
* AFP