O Hospital Universitário de Canoas, na Região Metropolitana, adiou para a próxima semana a previsão de reabertura da emergência pediátrica, fechada desde o dia 6 de junho. Inicialmente, a expectativa era de que o espaço voltasse a atender até esta sexta-feira (8), conforme a nova diretora-geral, Ana Paula Macedo.
O motivo para o adiamento é a falta de equipamentos necessários para o funcionamento da emergência, que devem chegar na semana que vem. Entre eles estão bombas de infusão de seringa, oxímetro, cabos de monitores e alto fluxo (equipamento para suporte de ventilação).
Assim que os itens forem recebidos, o setor será reaberto — ainda não há uma data definida. Conforme a instituição, a ideia é colocá-lo em funcionamento "o mais breve possível", com segurança.
Uma pequena reforma já foi concluída no local e incluiu pintura e revitalização na iluminação. A equipe médica e de enfermagem também já foi recomposta, conforme a direção — mais de cem funcionários foram contratados recentemente, sendo que 16 serão realocados especificamente para a área pediátrica, que contará com 16 leitos.
A partir da reabertura, a emergência pediátrica não funcionará mais com portas abertas, e sim com leitos de retaguarda. Assim, crianças que precisarem de atendimento devem ser levadas às Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) Rio Branco e Guajuviras ou ao Centro de Saúde da Criança. Se for necessário atendimento por um período maior, elas serão transferidas ao HU.
Mudanças na direção
As restrições de atendimento na emergência pediátrica começaram entre o fim de maio e o início de junho devido às mudanças na direção do Hospital Universitário. Após o desligamento total do Grupo de Apoio a Medicina Preventiva e a Saúde Pública (Gamp) em razão de uma série de suspeitas de irregularidades e desvios de verbas, a Fundação Educacional Alto Médio São Francisco (Funam) assumiu a gestão no final de janeiro.
No entanto, poucos meses depois começaram a surgir novamente denúncias de falhas e irregularidades na gestão do hospital, e a Justiça concedeu liminar em 27 de maio determinando uma intervenção na instituição.
Atualmente, uma comissão temporária de intervenção segue à frente do hospital, junto com a diretora-geral, Ana Paula Macedo, com o diretor-técnico, Paulo Nader, com a diretora assistencial, Luciana Feldens, e com a diretora operacional, Janice de Freitas Cardoso.