Subiu para cinco o número de casos da hepatite aguda de origem desconhecida em investigação no Rio Grande do Sul. A informação consta em boletim mais recente do Ministério da Saúde, divulgado na noite de quarta-feira (18). Nenhum deles foi confirmado até o momento.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), detalhes como municípios onde os casos foram relatados e a idade dos pacientes não serão divulgados até que as investigações avancem.
Em todo o Brasil, o número de notificações da doença subiu para 58, sendo que 11 já foram descartadas. Agora, 47 estão em investigação. Até segunda-feira (16), eram 47 casos notificados no país e três no Rio Grande do Sul.
Número de casos em monitoramento por Estado:
- São Paulo: 14
- Minas Gerais: 8
- Rio Grande do Sul: 5
- Rio de Janeiro: 4
- Pernambuco: 4
- Mato Grosso do Sul: 3
- Santa Catarina: 3
- Paraná: 2
- Espírito Santo: 2
- Maranhão: 1
- Goiás: 1
Casos descartados:
Santa Catarina: 2
Rio de Janeiro: 2
Mato Grosso do Sul: 2
Minas Gerais: 1
São Paulo: 1
Pernambuco: 1
Paraná: 1
Goiás: 1
No mundo
Em 15 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia registrado de 429 casos prováveis dessa misteriosa hepatite infantil em 22 países, nove deles na Europa. Seis crianças morreram até agora com esta doença e 26 precisam de transplantes, apontou.
– Pode levar algum tempo antes que possamos estabelecer de fato os mecanismos de causa – disse Enrique Pérez, chefe de Informações sobre Emergências de Saúde e Avaliação de Riscos da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em um coletiva de imprensa na quarta-feira (18).
Pérez acrescentou que a Opas trabalha com os países na região "para centralizar seus esforços em investigar os casos" suspeitos, e propôs um formulário padronizado para orientar as investigações.