O consumo regular de vinho tinto pode ajudar a proteger contra a covid-19, enquanto que o de cerveja, cidra e destilados aumentaria os riscos de complicações. A afirmação veio de um estudo conduzido pela equipe do Hospital Shenzhen Kangning, na China, e publicado no periódico científico Frontiers in Nutrition.
De acordo com a pesquisa, o consumo de um a quatro copos de vinho tinto, branco e champanhe, por semana, pareceu levar a um risco 8% menor de contrair a doença. Enquanto isso, a ingestão de uma a duas taças de vinho fortificado, por semana, contou com um risco 12% menor de infecção.
A proteção encontrada no vinho foi associada ao alto teor de polifenóis, que são compostos orgânicos presentes em várias plantas e frutas, como as uvas, por exemplo, e que têm a função de proteger as plantas contra insetos, radiação ultravioleta e infecções microbianas.
O vinho, segundo concluiu o estudo, poderia inibir o efeito de vírus causadores de gripes e infecções relacionadas ao trato respiratório justamente por conta dessa substância.
Apesar dos resultados, os pesquisadores reconhecem que existem algumas limitações no estudo. Por exemplo, eles tomaram como base os dados da UK Biobank, um projeto de pesquisa que coleta informações sobre saúde e estilo de vida de quase 500 mil participantes com 49 anos ou mais, no Reino Unido desde 2006.
Além disso, os dados sobre hábitos de consumo foram coletados antes da pandemia e as mudanças nos hábitos de consumo durante a crise sanitária não foram totalmente registradas até o momento, levando em conta apenas os resultados do hábito a longo prazo.