A subvariante BA.2 da Ômicron, que rapidamente assumiu o controle na Dinamarca, é mais transmissível do que a mais comum BA.1 e mais capaz de infectar pessoas vacinadas, mostrou um estudo dinamarquês.
"O estudo mostra que se uma pessoa de uma família está infectada com a BA.2, há um risco global de 39% de que outro membro da família seja infectado durante a primeira semana. Por outro lado, se a pessoa está infectada pelo BA.1, o risco é de 29%", indicou a Autoridade Dinamarquesa de Controle de Doenças Infecciosas (SSI, na sigla em dinamarquês) em comunicado.
Dominante no país, onde superou a Ômicron, a subvariante BA.2 é, segundo cálculos preliminares, 1,5 vez mais contagiosa que a BA.1.
"As pessoas não vacinadas também podem ter mais chance de ser infectadas pela BA.2 com relação à BA.1", acrescentou Camilla Holten Møller, médica do SSI, citada no comunicado.
Além disso, o estudo mostra que as pessoas vacinadas, e em particular as que receberam doses de reforço, têm menos chance de pegar a doença, ressaltou.
Apesar do número recorde de casos e do aumento de 43% nas novas infecções registradas em sete dias, o país escandinavo de 5,8 milhões de habitantes suspendeu, nesta terça-feira (1), todas as restrições contra o coronavírus.
Para tomar essa medida, o governo dinamarquês argumenta que possui forte cobertura vacinal entre a população e que a variante Ômicron se mostrou menos grave.