CORREÇÃO: 28% dos internados por coronavírus no Estado, e não quase 65%, deixaram de se vacinar ou tomaram apenas uma dose de vacina. A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul informou dados incorretos e reviu as estatísticas após a publicação desta reportagem. A informação incorreta permaneceu publicada entre 19h49min de segunda-feira (31) e 20h18min desta terça-feira (1º). As informações corretas também estão nesta reportagem.
A maior parte dos hospitalizados por covid-19 no Rio Grande do Sul não tomou dose de reforço, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS) atualizados nesta terça-feira (1º).
Entre 1.884 gaúchos internados por coronavírus em janeiro em leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 842 (45%) tomaram duas doses, mas não o reforço, 527 (28%) não se vacinaram ou tomaram apenas uma dose e 515 (27%) haviam tomado duas doses e reforço.
Os dados foram levantados de 1º a 27 de janeiro e resultam de um cruzamento do Sivep-Gripe, o programa de registro de internações, com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), que exibe a vacinação de brasileiros.
Estatísticas de vacinados em hospitais não haviam sido noticiadas até agora porque apenas as Secretarias Estaduais de Saúde e o Ministério da Saúde podem acessar dados sigilosos do sistema responsável por hospitalizações, o Sivep-Gripe, e cruzá-los com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).
Com isso, governos conseguem verificar o nome do indivíduo internado e checar, no SI-PNI, se ele foi vacinado – analistas externos, como imprensa e pesquisadores, não podem acessar o nome dos pacientes por questões de privacidade. Em Porto Alegre, a prefeitura também fez análise semelhante e descobriu que o risco de internação em UTI é 16,4 vezes maior para não vacinados.