Quase metade dos voos para a entrega das doses pediátricas da vacina da Pfizer contra a covid-19, previstos para acontecer nos últimos dias, acabaram sofrendo atrasos. Ao todo, 12 dos 26 voos foram remanejados - em alguns casos, os atrasos aconteceram por causa da contaminação da tripulação pelo coronavírus. Mesmo com os atrasos, a distribuição das doses deveria ser concluída até o fim da noite desta sexta-feira (14), segundo o diretor de logística do Ministério da Saúde.
As informações foram tornadas públicas pelo diretor de logística da pasta, o general Ridauto Fernandes, na manhã desta sexta. Um dos voos cancelados por conta da contaminação da tripulação foi o que levaria as doses para o Piauí, por exemplo.
— Já é notório que tivemos alguns problemas com os voos. Foram problemas operacionais. Quando você faz uma pauta de mais de vinte voos, é normal alguns voos (terem problemas). Às vezes acontecem cancelamentos, às vezes você demora um pouco mais para empacotar e não consegue (embarcar a carga) — disse Ridauto Fernandes. Segundo o diretor, porém, até o fim da noite a distribuição desta leva de imunizantes para os Estados estará concluída - a última unidade federativa a receber as vacinas deve ser o Acre.
A entrega das vacinas pediátricas está sendo feita de forma gratuita pela empresa Latam. "Esperamos que hoje mesmo, até o final da noite, todos os Estados já tenham recebido as doses que estão previstas", disse o diretor do Departamento de Logística.
Em nota à reportagem, o Ministério da Saúde confirmou que todas as trocas de voos "foram bem sucedidas" e que a entrega das doses será concluída ainda esta noite. "As entregas ocorrem menos de 48 horas após a chegada ao Centro de Distribuição da Pasta. Normalmente este processo leva de 5 a 9 dias", disse o ministério.
O primeiro lote de vacinas pediátricas da Pfizer contra a covid chegou ao Brasil na madrugada da quinta (13), para esta sexta-feira. O carregamento desembarcou no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP) - na manhã de hoje, o imunizante foi aplicado pela primeira vez em uma criança brasileira, o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos. A aplicação aconteceu em uma cerimônia no Hospital das Clínicas, em São Paulo, com a presença do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).