Em meio a surtos de gripe registrados no sudeste do país, provocados pela cepa Darwin – uma mutação do vírus H3N2 –, especialistas recomendam que os brasileiros busquem os postos de saúde em busca da vacina contra a gripe, ainda que a fórmula das doses utilizadas na campanha deste ano não contemple a Darwin.
Além da vacina, as medidas de cuidados adotadas para conter a pandemia do coronavírus, como uso de máscaras, distanciamento e lavagem de mãos, também contribuem para controlar o vírus da gripe, destacou Cynthia Molina Bastos, diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira (20).
— A vacinação não impede a transmissão, mas evita os casos graves, assim como o imunizante contra a covid-19. Isso faz com que a parte mais chatinha de comportamento, como o uso de máscara nesse calorão, a gente tenha que manter em situações de maior risco — disse.
Além do uso de máscara, Cynthia alertou para as festas de fim de ano, período em que as famílias costumam se reunir em ambientes fechados.
— O grande efeito para combater é o vírus [seja o da gripe ou da covid-19] é as pessoas com sintomas ficarem isoladas. É a grande preocupação para este momento de festas. Tanto de interação, quanto de pessoas circulando. Neste período confraternização é quando devemos ter um maior cuidado — disse.
A diretora do Cevs alertou também para os cuidados que devemos ter para não confundir o vírus da gripe com um resfriado, rinite e até covid.
— Não se pode ficar com a ideia que é "só rinite". Em muitas pessoas pode ser parecido com a rinite, mas pode se manifestar como a síndrome gripal, com febre e dor no corpo — disse.
Para identificar se a pessoa está realmente com o vírus e não o transmita para outras, Cynthia recomendou que se faça o teste.
— Não tem como se diferenciar (covid-19 e gripe) sem um exame. Tem que fazer o teste — concluiu.