A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta quarta-feira (3) o uso emergencial da vacina indiana contra covid-19 Covaxin, produzida pelo laboratório Bharat Biotech. O imunizante não é usado no Brasil, mas esteve envolvido na suspeita de irregularidades de compra entre o Ministério da Saúde e a empresa Precisa Medicamentos.
"O Grupo Técnico Consultivo, convocado pela OMS e composto por especialistas em regulamentação de todo o mundo, determinou que a vacina Covaxin atende aos padrões da OMS para proteção contra a covid-19. O benefício da vacina supera os riscos e ela pode ser usada", disse a entidade em comunicado.
Segundo a OMS, a Covaxin é recomendada para os maiores de 18 anos e deve ser aplicada em duas doses, com intervalo de quatro semanas. O imunizante não é recomendado para grávidas. Na Índia, a Covaxin é recomendada para crianças com dois anos de idade ou mais.
A Covaxin usa o coronavírus inativado, assim como a CoronaVac. Essa técnica utiliza vírus que foram expostos em laboratório a calor e a produtos químicos para não serem capazes de se reproduzir.
Com a Covaxin, a OMS já aprovou o uso de sete vacinas contra a covid-19.
Vacinas aprovadas pela OMS
- Covaxin - sem autorização no Brasil
- Johnson & Johnson (Janssen) - autorizada no Brasil
- Moderna - sem autorização no Brasil
- Pfizer/BioNTech - autorizada no Brasil
- Sinopharm - sem autorização no Brasil
- Sinovac - no Brasil, CoronaVac - produzida pelo Instituto Butantan
- Versões da AstraZeneca - versão brasileira é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz
Suspeita de irregularidade de compra no Brasil
No Brasil, a compra da vacina Covaxin foi alvo da CPI da Covid, no Senado, por suspeita de irregularidades no contrato entre o Ministério da Saúde e a empresa Precisa. Em julho, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu suspender a autorização excepcional e temporária para importação e distribuição do imunizante. A decisão foi tomada após a Anvisa ser comunicada pela empresa indiana Bharat Biotech Limited International de que a Precisa Medicamentos não possui mais autorização para representar a Bharat.