O governo federal e as farmacêuticas Pfizer e BioNTech fecharam acordo para compra de mais 100 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Os imunizantes são destinados para a vacinação dos brasileiros em 2022.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez, assinaram o contrato na manhã desta segunda-feira (29) durante um evento em Salvador (BA).
A assinatura foi possível após a liberação, na semana passada, de R$ 1,4 bilhão pelo Ministério da Economia, após pedido da própria pasta da Saúde. O dinheiro foi destinado para o pagamento antecipado de 20% do contrato, uma das exigências impostas pela farmacêutica.
O valor total do acordo é de R$ 7 bilhões. O contrato também prevê a possibilidade de aquisição de mais 50 milhões de doses da vacina.
Os imunizantes serão destinados para aplicação da terceira dose na população acima de 18 anos. O Ministério da Saúde também está de olho em uma possível vacinação de crianças entre cinco e 11 anos — a farmacêutica entrou com um pedido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para utilizar o imunizante nesse público no Brasil.
Esse é o terceiro contrato firmado entre a Pfizer e o governo federal. Até o final do ano, o Brasil deverá receber um total de 200 milhões de doses da vacina.
Além da Pfizer, o governo federal pretende adquirir mais 120 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, fabricada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para essa e outras compras, porém, o Ministério da Saúde aguarda a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em tramitação no Congresso, que prevê recursos para aquisição de vacinas para 2022.
Para o ano que vem, o governo federal planeja ter ao menos 354 milhões de doses contra a covid-19 para garantir a vacinação no Brasil.