Um painel consultivo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos endossou nesta quinta-feira (21) a aplicação de doses de reforço das vacinas contra covid-19 da Johnson & Johnson (Janssen) e da Moderna – esta não usada na estratégia brasileira. Os especialistas também apoiaram a mistura ou combinação de imunizantes, a chamada intercambialidade vacinal.
A primeira votação apoiou por unanimidade a terceira dose (no caso da Moderna) para indivíduos que tenham completado a imunização pelo menos seis meses antes. A aplicação foi recomendada em idosos e pessoas que têm condições médicas subjacentes ou apresentam alto risco de contágio por causa do local onde trabalham.
A segunda votação, que apoiou um reforço de qualquer tipo para pessoas com 18 anos ou mais, pelo menos dois meses após receber a vacina da Johnson & Johnson (Janssen), também foi aprovada de forma unânime.
A decisão ocorre após a autorização da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), na quarta-feira (20), para as doses de reforço da Moderna e da Johnson & Johnson. A FDA também disse que as pessoas podem receber uma dose extra diferente da vacina que receberam na série primária.
A aprovação do CDC é a última etapa antes que as doses de reforço da Moderna e da J&J (Janssen) se tornem disponíveis. Enquanto a FDA regulamenta os produtos médicos, o CDC oferece orientação sobre a prática da medicina, e muitos locais de vacinação têm seguido a orientação da agência. Em breve, espera-se que o CDC emita recomendações sobre quem deve receber reforços e quantos meses as pessoas devem esperar antes de obtê-los.
Janssen no Brasil
No Brasil, o papel de definir a regulamentação e avaliar os processos e dados recebidos, do ponto de vista de comprovação de qualidade, eficácia e segurança das vacinas, é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em 31 de março, o órgão concedeu à vacina da Janssen autorização para uso emergencial que, até o momento, tem orientação para dose única.
Na última quarta-feira (20), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o Brasil receberá 36,6 milhões de doses da vacina da Janssen nos próximos meses. Em novembro, chegam 7,8 milhões de doses e, para dezembro, são esperadas outras 28,4 milhões de unidades.