Até a manha desta sexta-feira (22), foram notificados casos da doença mão-pé-boca em três escolas de Educação Infantil de Porto Alegre, envolvendo 27 crianças. A doença é contagiosa e causada por vírus do sistema digestivo, segundo a Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis (EVDT) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que monitora a situação.
Conforme o órgão da prefeitura, os sintomas mais marcantes são as lesões em mãos, pés e boca e os primeiros sinais costumam ser dor de garganta e febre. A infecção é mais comum em crianças de até cinco anos, embora também possa ocorrer em adultos.
Apesar do número de casos chamar atenção, a coordenadora do Centro de Vigilância em Saúde de Porto Alegre (Cievs), Taís Anelo, alerta que o vírus costuma circular entre a população infantil.
— As três creches não são próximas e não identificamos ligação entre surtos, por isso, seguimos monitorando — pontua Taís.
A recomendação da SMS é ficar atento ao aparecimento dos sintomas da doença e, nesses casos, isolar as pessoas contaminadas para evitar a disseminação do vírus. Não existe tratamento específico ou vacina.
Na maioria dos casos, é uma doença branda e benigna, que desaparece espontaneamente após alguns dias sem causar complicações. Quando necessário, é recomendado uso de medicações para alívio dos sintomas como dor e febre.
— A pessoa só precisa ficar isolada por cerca de uma semana, até o desaparecimento dos sintomas. O tratamento é sintomático, para combater a febre ou a dor no corpo, caso o paciente precise — explica a coordenadora do Cievs Porto Alegre.
Nesta sexta, a prefeitura vai emitir, para a rede de atenção básica e também para as creches do município, informações e orientações para os cuidados e combate à doença mão-pé-boca.
Como evitar a contaminação
- Manter uma boa higiene pessoal e do ambiente, lavando as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes de manusear alimentos
- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas
- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos
- Nas creches, é preciso ter cuidado com a higiene das mãos na hora de trocar as fraldas para que os profissionais não transmitam o vírus de uma criança para outra
- Afastar o doente do trabalho e escola até o desaparecimento dos sintomas
- Lavar com água e sabão e desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (uma colher de sopa de água sanitária diluída em quatro copos de água limpa) toda a superfície de objetos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos doentes
- Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar)
- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir
- Trocar e lavar diariamente as roupas comuns e roupas de cama de doentes
Fonte: Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis (EVDT) da Secretaria Municipal de Saúde