A Pfizer divulgou os primeiros resultados de um estudo feito em parceria com a BioNTech, que demostrou que sua vacina contra a covid-19 é segura e capaz de induzir uma resposta imune em crianças de 5 a 11 anos de idade.
Os ensaios foram feitos com 2.268 participantes da faixa etária. Esses testes usaram uma dose de 10 microgramas — menor do que a dose de 30 microgramas que foi usada para pessoas com 12 anos ou mais. Participaram 4,5 mil bebês e crianças com idades entre 6 meses e 11 anos de quatro países: Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha.
"As respostas de anticorpos nos participantes que receberam doses de 10 microgramas foram comparáveis às registradas em um estudo anterior da Pfizer/BioNTech em pessoas de 16 a 25 anos de idade imunizadas com doses de 30 microgramas", disse a Pfizer em um comunicado.
Estes foram os primeiros resultados divulgados para essa faixa etária para uma vacina covid-19 dos Estados Unidos, porém os dados ainda não foram revisados por entidades ou publicados em alguma revista cientifica.
A Pfizer disse que planeja entregar os estudos à Food and Drug Administration (FDA) para autorização de uso emergencial em breve.
A empresa ainda espera divulgar os resultados da faixa etária entre 6 meses e 5 anos idade até o final deste ano. Essas idades foram divididas em dois grupos: de 6 meses até 2 anos e de 2 a 5 anos; ambos receberam doses abaixo de 3 microgramas.
No Brasil, a vacina da Pfizer foi autorizada para uso em adolescentes entre 12 e 17 anos.
Países como o Chile e Cuba já começaram a vacinar crianças abaixo dos 12 anos de idade. No caso da população chilena, pessoas acima dos 6 anos começaram a receber doses da Pfizer no último dia 14 de setembro.
Já em Cuba, crianças a partir de 2 anos de idade já começaram a se vacinar com a Soberana 02 — vacina desenvolvida no próprio país. A população cubana deverá receber três doses para ter o esquema vacinal completo.