Após o Ministério da Saúde voltar atrás e deixar de recomendar a vacinação de adolescentes sem comorbidades, a Pfizer divulgou nota sobre o assunto, na tarde desta quinta-feira (16). No documento, a farmacêutica diz estar ciente dos relatos "de miocardite e pericardite, além de outros possíveis eventos adversos" após a aplicação do imunizante contra a covid-19. O acompanhamento e monitoramento desses casos é levado "muito a sério", diz a farmacêutica.
Especificamente sobre o caso de óbito registrado no Estado de São Paulo, citado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante entrevista coletiva em Brasília, a companhia afirma que "está acompanhando, mas, até o momento, não foi estabelecida uma relação causal entre o ocorrido e o imunizante da Pfizer".
A empresa destacou, ainda, que a vacina ComiRNAty recebeu em 11 de junho de 2021 a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em adolescentes de 12 a 15 anos no Brasil, e que outras agências regulatórias, como as dos Estados Unidos e da Europa, também já autorizaram o uso nessa faixa etária.
"A vacina demonstrou eficácia de 100% em estudo clínico com jovens dessa faixa etária. Os ensaios de fase 3 foram realizados em 2.260 adolescentes, nos Estados Unidos, e apresentaram respostas robustas na produção de anticorpos com perfil de segurança favorável, muito semelhante ao observado nos outros grupos etários. Com centenas de milhões de doses da vacina Pfizer BioNTech Covid-19 administradas globalmente, o benefício da vacina ComiRNAty permanece estabelecido", diz o documento.
Leia a íntegra do comunicado da Pfizer
"A Pfizer está ciente de relatos raros de miocardite e pericardite, além de outros possíveis eventos adversos, após a aplicação de vacina de RNA mensageiro contra a COVID-19, e leva o acompanhamento e monitoramento destes casos muito a sério.
Especificamente sobre o caso de óbito em São Bernardo do Campo, a companhia está acompanhando, mas, até o momento, não foi estabelecida uma relação causal entre o ocorrido e o imunizante da Pfizer.
A ComiRNAty, vacina da Pfizer/BioNTech contra a COVID-19, recebeu em 11 de junho de 2021 a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para uso em adolescentes de 12 a 15 anos no Brasil.
A autorização regulatória da vacina para adolescentes já havia sido concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos EUA e União Europeia), além de países como Reino Unido, Canadá, Chile, Uruguai, Israel, Dubai, Hong Kong, Filipinas, Cingapura e Japão.
A vacina demonstrou eficácia de 100% em estudo clínico com jovens dessa faixa etária. Os ensaios de fase 3 foram realizados em 2.260 adolescentes, nos Estados Unidos, e apresentaram respostas robustas na produção de anticorpos com perfil de segurança favorável, muito semelhante ao observado nos outros grupos etários.
Com centenas de milhões de doses da vacina Pfizer BioNTech COVID-19 administradas globalmente, o benefício da vacina ComiRNAty permanece estabelecido.
A definição da utilização e da disponibilização da vacina no Brasil é feita com base em critérios de recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI)."