Apesar de terem se mostrado eficazes em ensaios clínicos e efetivas fora deles, as vacinas contra a covid-19 ainda não previnem 100% dos casos da doença. Para compreender quais são os fatores de risco e como a infecção se apresenta em pessoas vacinadas, um estudo britânico reuniu informações de mais de um milhão de pessoas a partir dos 18 anos.
De acordo com os dados publicados na revista The Lancet na quarta-feira (1º), de 8 de dezembro de 2020 a 4 de julho deste ano, mais de 1,2 milhão de usuários do aplicativo COVID Symptom Study afirmaram ter recebido pelo menos uma dose das vacinas contra a covid-19 utilizadas no país — Pfizer, AstraZeneca e Moderna. Dessas, 6.030 testaram positivo para a doença. Com a segunda dose, foram 971.504 usuários, dos quais 2.370 foram infectados.
No que diz respeito às características da doença, os pesquisadores observaram que a vacinação, quando comparada com a não-imunização, reduziu as chances de hospitalização ou de terem mais de cinco sinais da doença na primeira semana de infeção.
Além disso, os dados evidenciaram que pessoas imunizadas eram mais propensas a serem completamente assintomáticas, especialmente, se tivessem 60 anos ou mais.
Ao analisarem os fatores de risco, foi identificada uma maior fragilidade à infecção depois da primeira dose em indivíduos com 60 anos ou mais, e também naqueles que vivem em áreas extremamente carentes. Por outro lado, pessoas não obesas tiveram chance diminuída de infecção depois de terem uma dose da vacina.