Com a aceleração dos testes envolvendo dezenas de vacinas contra a covid-19, uma infinidade de novos termos técnicos aparece diariamente em jornais, sites, rádios e televisões. Entendê-los, no entanto, nem sempre é uma tarefa fácil. Abaixo elencamos e explicamos alguns dos termos mais frequentes. Leia:
Cadeia ou rede de frio: esses termos são usados para fazer referência ao sistema de armazenamento, transporte e manipulação de vacinas em condições adequadas de refrigeração, do laboratório até o momento em que a vacina é aplicada, garantindo a eficácia do produto.
Cobertura vacinal: diz respeito ao percentual da população que está vacinada. Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que há diferentes metas de coberturas vacinais. Por exemplo, algumas doses administradas na infância têm meta de 95%, ou seja, a cada cem crianças da faixa etária estipulada para receber as doses, 95 precisam estar imunizadas.
— É importante porque é preciso ter a proteção individual e, com altas coberturas, se tem a coletividade — destaca Cunha.
Eficácia: é demonstrada na fase de estudos e diz respeito a porcentagem de pessoas do grupo de estudos que ficaram imunes a uma doença. Dizer que uma vacina se mostrou 90% eficaz significa que, de cem indivíduos, 90 tiveram uma resposta imune adequada durante a pesquisa.
Efetividade: é o impacto que a vacina apresenta na “vida real”, fora do estudo. Se em uma campanha de vacinação, mil pessoas recebem doses de um imunizante e 800 não pegaram a doença, quer dizer que a vacina teve 80% de efetividade em evitar a doença nessa população.
— Há outros critérios: posso ter efetividade para morte ou evitar doença. Por exemplo, um imunizante pode ser 100% efetivo em evitar a morte e 70% em evitar doença ou hospitalização — ilustra Cunha.
Imunidade: é a capacidade da pessoa estar protegida contra uma doença de forma natural ou por vacina, explica Cunha.
Proteção coletiva ou de rebanho: efeito que ocorre quando algumas pessoas são indiretamente protegidas pela vacinação de outros indivíduos. Por exemplo: uma pessoa que ainda não tem idade para receber um imunizante ou não tem recomendação médica para recebê-lo pode ser beneficiada pela vacinação dos outros, que não transmitirão a doença.
Vacinas inativadas: são todas aquelas que contêm o microrganismo morto. Um exemplo é a da gripe. Como o microrganismo é morto, não tem como causar a doença.
Vacinas vivas atenuadas: usa uma versão enfraquecida do agente infeccioso. Uma delas é a do sarampo, por exemplo. Pessoas imunodeprimidas por doença ou uso de medicação e gestantes precisam avaliação médica para fazê-las.