O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quinta-feira (16) o recuo da pasta com relação ao intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da AstraZeneca contra covid-19. Após reduzir o intervalo da aplicação entre as doses do imunizante de 12 para oito semanas, o ministro informou que, devido à falta da vacina, a pasta decidiu manter o intervalo maior, em 12 semanas.
— Nós já havíamos falado em oito semanas, porque havia previsão de mais doses da AstraZeneca — afirmou.
Segundo o ministro, não há doses suficientes para encurtar o intervalo porque Estados e municípios estariam aplicando AstraZeneca de forma "inadvertida". Esta é uma reclamação recorrente de Queiroga, que voltou a afirmar que o país tem um excesso de vacinas.
— Quando digo que tem excesso, é porque estão aplicando em quem não deve — provocou.
Queiroga justificou que a diminuição do intervalo da vacina da AstraZeneca era uma medida para lidar com o combate da variante Delta no país. Apesar de afirmar que a variante preocupa, o ministro avaliou que a cepa não impactou o país como foi em outros lugares, como os Estados Unidos.