O governo de São Paulo divulgou na tarde deste sábado (4) uma nota esclarecendo que a medida da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir a distribuição e uso de 12 milhões de doses da CoronaVac, produzidas na China e enviadas ao governo brasileiro, "não deve causar alarmismo".
As doses foram envasadas por um laboratório que não tem autorização da Anvisa para atuar no processo.
Segundo o comunicado, "foi o próprio Instituto Butantan que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas".
Conforme o texto, isso garante que os imunizantes "são seguros para a população". "O Instituto Butantan encaminhou à Anvisa há 15 dias toda a documentação necessária para a certificação do processo de produção em que foram feitas essas doses. Por isso, tem convicção que será concedida em breve."
O governo acrescenta que, caso necessário, é possível complementar a solicitação com mais dados, inclusive da Sinovac, "caso a agência julgue necessário."
Todos os lotes liberados pelo instituto estão em posse do Ministério da Saúde, conforme firmado em contrato, informa a nota. "Reafirmamos, no entanto, que todas as doses que saíram da unidade fabril estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan."
O instituto informou ainda que 6 milhões de doses da vacina, que fazem parte de um lote de 12 milhões formuladas no complexo fabril da zona oeste de São Paulo, aguardavam liberação da Anvisa e que, na última quinta-feira, o órgão regulatório liberou os imunizantes e as doses foram expedidas no dia seguinte.
"Esse pedido de liberação ao órgão regulatório aconteceu por uma mudança em uma das etapas do processo de formulação da vacina, que pode ocorrer no decorrer da fabricação. A fábrica onde é feita a formulação e o envase da CoronaVac são todas certificadas pela Anvisa, desde o final de 2020", informa o comunicado.