Com o avanço da vacinação contra a covid-19 no país e o surgimento de novas variantes, a necessidade de uma terceira dose virou tema do debate sobre o futuro da pandemia. A Pfizer disse que seu imunizante é capaz de combater as cepas registradas até o momento, porém recomenda a aplicação de uma dose extra. No Chile, a aplicação de uma terceira dose em quem aplicou duas de CoronaVac começou na quarta-feira. Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde já iniciou estudos para uma eventual dose de reforço.
Para o doutor Drauzio Varella, o momento que em o país vive na campanha de vacinação — onde muitos ainda não receberam sequer a primeira dose — cobrar a terceira dose é "desnecessário". Para o médico, este assunto deve voltar a ser discutido quando a população receber o esquema vacinal completo, com duas aplicações dos imunizantes.
O Brasil utiliza vacinas de duas doses da Pfizer, AstraZeneca e CoronaVac. Apenas a Janssen é de dose única.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira (11), o médico alertou para a proteção das vacinas para os casos graves.
— A aplicação da vacina não livra a pessoa de contrair a doença, mas evita que ela vá para a UTI — disse.
Explicando que o vírus “veio para ficar”, Drauzio recomenda o uso das máscaras, e acredita que elas ainda serão necessárias após a vacinação estar mais avançada.
— Isolamento não vai dar mais para fazer. Irão se isolar só os que podem. O que sobra é lavar a mão e usar a máscara. A ênfase tem que ser dada para as máscaras — recomendou.