As pessoas vacinadas com duas doses da Coronavac no Chile começaram, nesta quarta-feira (11), a receber uma terceira dose de reforço da vacina AstraZeneca. A medida foi adotada após estudos encontrarem uma redução da eficácia do imunizante chinês em evitar os contágios e diante da circulação da variante Delta do coronavírus.
As autoridades chilenas iniciaram o processo de vacinação em massa em 3 de fevereiro com as pessoas maiores de 90 anos e já conseguiu vacinar 82% da população alvo (15,2 milhões dos 19 milhões de habitantes), em sua grande maioria com a Coronavac.
De acordo com estudos realizados no país, a eficácia desta vacina para evitar casos assintomáticos diminuiu consistentemente, de 68% em abril para 58% atualmente. No entanto, se manteve igual aos níveis de proteção contra a hospitalização, a internação em unidades de cuidados intensivos e a morte.
Para os vacinados com a Pfizer, também registrou uma queda na eficácia contra os contágios, enquanto manteve outros parâmetros de proteção, mas em menor medida.
A ameaça da contagiosa variante Delta - que no Chile já circula de forma comunitária - também levou as autoridades a aplicarem a dose de reforço nas pessoas que receberam inicialmente um esquema completo da vacina Coronavac, do laboratório Sinovac.
"O Chile foi um dos primeiros países do mundo e também da América Latina a iniciar um processo de vacinação, porque a vacina é um dos melhores instrumentos que temos para nos protegermos desta pandemia que causou tantos danos", disse o presidente Sebastián Piñera, ao dar início ao processo no Hospital da Força Aérea do Chile.