Em coletiva de imprensa realizada na tarde deste sábado (12), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu que todas as seleções que vão participar da Copa América, que começa neste domingo no Brasil, foram testadas para o coronavírus e apenas a Venezuela teve jogadores cujo resultado deu positivo. Treze pessoas da delegação estão infectados, todos cumprindo quarentena, segundo a equipe da pasta.
Queiroga frisou que os testes são realizados pela instituição e que pode acontecer de o número de contaminados aumentar. Também disse que um jogador ou integrante de determinada equipe que for infectado só vai sair do país depois de ficar isolado e fazer um novo teste.
— A Conmebol é a responsável pela testagem. Naturalmente que sabíamos que poderia ter novos resultados. Sempre que houver fatos concretos eles serão passados para a sociedade brasileira de maneira transparente. Não terá vai e vem de jogadores. Os jogadores positivos ficam em quarentena e só saem do país quando o teste der negativo — garantiu Queiroga.
Segundo a equipe do Ministério da Saúde, os testes realizados na seleção da Venezuela foram encaminhados para sequenciamento genético com o objetivo de detectar novas variantes do vírus.
A respeito dos rumores de que também havia jogadores contaminados na seleção da Bolívia, o presidente da Comissão Médica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Jorge Pagura, presente na coletiva, informou que não havia confirmação oficial sobre o caso e só são considerados os exames RT-PCR, entendidos como "padrão ouro" para a testagem da covid-19.
- Temos que ter documentação oficial. Não que a gente não considere exames feitos por hospitais de boa prática laboratorial, mas de qualquer forma, há uma documentação regular. O que vale é o padrão ouro de RT-PCR. Consideramos RT-PCR como padrão ouro - disse Pagura.
Vacina da Janssen
O ministro da Saúde também foi questionado sobre a vacina da Janssen, da Johnson e Johnson, que deve começar a circular no Brasil na próxima semana. As doses chegam ao países prestes a vencer: o prazo de validade vai até o dia 27 de junho. As cidades teriam poucos dias para aplicar as 3 milhões de doses adquiridas pelo governo federal.
Na sexta-feira, no entanto, dirigentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Janssen se reuniram para discutir a possibilidade de aumentar o prazo de validade da vacina e dar mais seis semanas para que as doses sejam utilizadas. É o mesmo tempo extra que foi dado nos Estados Unidos pela Food and Drug Administration (FDA).
Queiroga disse que, mesmo que o prazo não for estendido, as 3 milhões de doses serão utilizadas.
— O Brasil tem condições de aplicar. As grandes capitais vão vacinar, não vai haver problema de vencimento do prazo de validade — disse o ministro.
A equipe que participou da coletiva também frisou que, como a vacina da Janssen precisa de somente uma aplicação, são 3 milhões de pessoas que estarão completamente imunizadas contra o coronavírus com uma única dose.