Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciaram, na última quarta-feira (23), que vão incluir a ivermectina em um estudo que investiga tratamentos para reduzir a gravidade dos quadros de covid-19. O antiparasitário passou a fazer parte do ensaio PRINCIPLE (de Platform Randomised Trial of Treatments in the Community for Epidemic and Pandemic Illnesses), que também vai testar favipiravir e os tratamentos padrão usados pelo sistema público de saúde.
A ivermectina, afirmam os pesquisadores, demonstrou reduzir a replicação do coronavírus em estudos de laboratório. Pequenas pesquisas piloto também apontaram que a administração precoce do medicamento pode reduzir a carga viral e a duração dos sintomas em alguns pacientes com covid-19.
Ainda assim, há poucas evidências de ensaios clínicos randomizados robustos que comprovem que seu uso consiga acelerar a recuperação e reduzir a chance de hospitalização. Até agora, já foram recrutados mais de 5,1 mil voluntários.
O antiparasitário é o sétimo tratamento a ser analisado pelo PRINCIPLE. Em abril, um estudo preliminar mostrou que a budesonida inalada foi eficaz para tratar pacientes com covid-19 em casa.