Este 14 de junho é marcado pelo Dia Mundial do Doador de Sangue. O Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (Hemorgs) informa que, nos últimos três meses, foi registrada uma redução de 80% nas doações. A demanda, no entanto, segue alta. Além das urgências e traumas, tratamentos de saúde que necessitam de sangue seguem ocorrendo.
— Infelizmente, os estoques estão em níveis críticos e com uma baixa significativa no número de doadores voluntários. As demandas de sangue seguem sendo as mesmas, mas a redução de doadores foi muito grande. De maneira geral, não houve um aumento da demanda, mas uma diminuição da oferta de candidatos à doação — explica a assistente social de captação do Hemorgs e especialista em saúde Roberta Abbad.
O hemocentro atende 42 hospitais, abrangendo cerca de cem municípios, entre eles o Hospital de Pronto Socorro (HPS) e hospitais com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Atualmente, a média diária de coletas na instituição tem sido de 30 doadores.
— Precisaríamos, no mínimo, de 110 candidatos — relata a assistente social.
Desde o início da pandemia, a equipe da instituição tem seguido todas as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para receber os doadores com segurança e normalidade.
— A doação dura cerca de 10 minutos. No entanto, é necessário passar por uma triagem que pode durar até uma hora. É importante romper um paradigma de que as pessoas só doam quando um familiar precisa de sangue. Muitas vezes, nesse momento, não temos condições emocionais para fazer a coleta do sangue. Então, o momento de doar é agora — frisa.
As doações podem ser feita por pessoas com idade entre 16 e 69 anos, com boas condições de saúde (jovens de 16 e 17 anos precisam de autorização de responsáveis). O procedimento ocorre mediante agendamento no hemocentro, localizado na Avenida Bento Gonçalves, 3.722, que fica aberto das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. O telefone do hemocentro é (51) 3336-6755.