Os casos e as mortes por dengue seguem avançando e atingindo marcas recordes no Rio Grande do Sul. Boletim epidemiológico do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) divulgado na manhã desta sexta-feira (4) confirmou o oitavo óbito pela doença em 2021.
O documento traz dados entre 23 e 29 de maio.
A oitava vítima fatal é um homem de 71 anos, morador de Santa Cruz do Sul, que morreu no dia 6 de maio. A cidade do Vale do Rio Pardo soma metade das mortes pela doença no Estado, incluindo três mulheres de 54, 70 e 84 anos.
Erechim, no Norte, teve três óbitos confirmados, de homens de 65, 66 e 90 anos. Já Bom Retiro do Sul, no Vale do Taquari, teve um registro, de uma mulher de 47 anos.
Desde 2010, os únicos anos em que o Rio Grande do Sul havia registrado mortes pela doença foram em 2015, com duas, e em 2020, com seis.
Número de casos também aumentou
O número de casos confirmados de dengue no ano já chega a 6.962. No boletim epidemiológico anterior, com dados até o dia 22 de maio, eram 6.401.
Do total de diagnósticos positivos no Estado, 6.760 são considerados autóctones, o que corresponde a 97%. Isso significa que a doença foi contraída em solo gaúcho.
O número de casos e de mortes confirmados no Rio Grande do Sul em cinco meses de 2021 já é o maior desde 2010, mesmo quando comparado com o período de janeiro a dezembro dos últimos anos. A série histórica é contabilizada desde 2010 porque, segundo a Secretaria da Saúde, houve um surto inédito no Brasil e no Estado naquele ano, o que passou a ser usado como parâmetro.
A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A dica para evitar a proliferação do mosquito é não manter recipientes domiciliares com água parada. Entre as medidas possíveis, está manter as garrafas vazias com o gargalo para baixo, fechar caixas d'água, toneis e latões, escovar os bebedouros de animais, guardar pneus velhos sob abrigos e manter piscinas tratadas o ano inteiro.