O alívio da imunização em meio ao luto ou na espera por uma nova vida. A preservação da cultura e da memória. Essas e outras histórias cruzam o caminho da equipe de reportagem de GZH que viaja pelo interior do Rio Grande do Sul desde a última segunda-feira (17) até esta sexta-feira (21) buscando outros olhares para além das filas pelas doses em postos de saúde na Capital. A repórter Karine Dalla Valle e o fotógrafo Anselmo Cunha são guiados pelo motorista Alex Bitencourt.
Em uma das mais esperadas campanhas de vacinação dos últimos anos, flagramos o alívio de Bombeiros em Bagé. A primeira dose de vacina chegou aos integrantes da tropa em 20 de março, mais cedo do que em outros lugares, ao mesmo tempo em que lamentavam a perda de um colega. A priorização de agentes penitenciários e bombeiros na cidade contrariou o Plano Nacional de Imunização (PNI), mas gerou conforto na corporação.
Também em Bagé, mais uma vez correndo à frente em relação a outras cidades, a vacinação das gestantes de alto risco foi antecipada para 12 de abril. O motivo? Três grávidas perderam a vida para a covid-19 no município da região da Campanha. GZH conversou com familiares das vítimas e com gestantes preocupadas com a doença e também com a segurança da vacina.
No sul do RS, onde fica um terço da população quilombola de todo o Estado, a vacinação de um povo que luta por preservação gerou preconceito em alguns. Para as comunidades, foi um alento de que sua cultura e memória podem ser mantidas. O relato de moradores de quilombos de Pelotas e Rio Grande você pode conferir aqui.
A equipe segue agora em Cachoeira do Sul, onde coleta mais histórias e encerra a caravana, voltando para Porto Alegre.