A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta quarta-feira (17) a continuidade do uso da vacina contra a covid-19 produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, que teve a aplicação suspensa em vários países devido a possíveis efeitos colaterais, enquanto os especialistas continuam avaliando os dados de segurança.
"No momento, a OMS considera que o balanço de riscos e benefícios se inclina a favor da vacina da AstraZeneca e recomenda que a vacinação continue", afirma um comunicado da agência de saúde.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também recomendou que o governo continue aplicando o imunizante. Em nota divulgada na noite de terça-feira (16) e atualizada nesta quarta, a instituição concluiu que os dados "não apontam alteração no equilíbrio benefício‐risco da vacina e recomenda a continuidade do seu uso pela população".
Diante da incerteza e de temores sobre a segurança da vacina sueco-britânica, o ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, pediu que ela continue a ser usada.
"Não há evidências de que essas vacinas tenham causado coágulos", escreveu ele no tabloide The Sun, destacando que é também a opinião do regulador britânico, MHRA, da OMS e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
Já o primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse na terça-feira que estava disposto a ser vacinado "muito rapidamente" assim que o produto da AstraZeneca/Oxford fosse reautorizado. De acordo com uma pesquisa, apenas um quinto da população francesa o considera confiável.