Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso emergencial e temporário de vacinas contra a covid-19 sem a realização de estudos clínicos de fase 3 no Brasil, o Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (3) que se reunirá na próxima sexta (5) com representantes do instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina Sputnik V, e do laboratório indiano Bharat Biotech, fornecedor do imunizante Covaxin, para negociar a aquisição de 30 milhões de doses desses produtos. Segundo a pasta, os imunizantes devem chegar ao país ainda em fevereiro.
A reunião com as empresas deverá discutir os memorandos de entendimento já definidos e os termos contratuais. Minutas de contrato já foram solicitadas nesta quarta para que se tenha as bases das negociações, cronograma de entregas e valores das doses.
"A farmacêutica russa, que instalou uma linha de produção no Distrito Federal, adiantou à pasta que, se houver acordo, entre fevereiro e março poderá entregar um total de 10 milhões de sua vacina, que serão importadas da Rússia. E que a partir de abril passará a produzir mensalmente IFA e 8 milhões de doses no Brasil", informou o ministério.
"Com a mesma expectativa de êxito nas negociações, outros 8 milhões da Covaxin poderão ser entregues em fevereiro pela companhia da Índia, que afirmou ter condições de entregar mais 12 milhões de sua vacina no mês seguinte", complementou a pasta.