A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou no início da tarde desta terça-feira (16) que a nova cepa do coronavírus, identificada primeiramente em Manaus (AM), foi verificada no Estado do Rio de Janeiro. A variante P.1 foi comprovada após exames laboratoriais feitos pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Não é possível confirmar ainda se a transmissão ocorreu dentro do próprio Estado ou se o paciente contraiu em viagem.
Segundo o médico Amílcar Tanuri, especialista em genética de micro-organismos e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), "era previsível" que a variante P.1 do coronavírus chegaria ao Rio, uma vez que já havia sido localizada em outras partes do país, como no interior de São Paulo. No Rio Grande do Sul, foi identificada em um caso na serra gaúcha.
A partir de agora, é preciso fazer mais testes e análises de laboratório para tentar determinar a prevalência da nova variante nos casos no Rio.
Num primeiro momento, a saída para as autoridades de saúde e a população é insistir nas medidas de prevenção, as mesmas que ajudam a conter quaisquer variantes do novo coronavírus.
— É preciso tentar reforçar as medidas de prevenção. Prestar mais atenção — afirmou Tanuri.
O especialista lembrou ainda que outra variante do coronavírus, batizada de P.2, foi encontrada no Rio, e já "está para todo o lado" no Estado. Ainda conforme Tanuri, os estudos científicos ainda não conseguiram determinar se a variante P.2 é mais transmissível do que a P.1.