Os pacientes de hospitais de Rondônia que chegarão ao Rio Grande do Sul nesta terça-feira (26) não estão em estado grave, segundo o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves. O Estado está com hospitais lotados e enfrenta falta de leitos e médicos suficientes para atender o agravamento da pandemia do coronavírus.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (25), o prefeito explicou que a transferência ajudará a liberar as equipes de saúde para atender os casos mais graves de covid-19. A Secretaria da Saúde do RS (SES) receberá nesta segunda um relatório com informações sobre o quadro clínico e a situação de cada paciente.
— Estamos sem vagas para internação, especialmente em UTIs. Os pacientes mais graves, diferentemente da primeira onda, quando levavam de oito a 10 dias para se agravarem, hoje estão se agravando mais rapidamente. E isso coloca a rede de saúde sob um estresse. Isso tem contribuído para esse colapso e dificuldade de internação — afirmou Chaves.
Rondônia tem 2.097 óbitos e 116.133 casos confirmados do coronavírus. Até a noite de sábado (23), havia 543 internados. O Estado tem 977 leitos, entre hospitais públicos, privados e filantrópicos. Segundo o prefeito de Porto Velho, a cidade a enfrenta um rápido agravamento da pandemia da covid-19:
— Não tenho confirmação de que é nova cepa (mutação do coronavírus), mas a principal diferença (da primeira onda) está na rapidez (do quadro do paciente). Os pacientes que antes chegavam bem, hoje já estão chegando muito doentes, estão chegando mal, e isso dificulta o tratamento.
O Rio Grande do Sul está pronto para receber 50 pacientes clínicos de coronavírus vindos de Porto Velho. Eles serão enviados para hospitais de Porto Alegre e de Canoas. Em 14 de janeiro, o governo do Estado já havia se colocado à disposição para receber pacientes de Manaus, em consequência do esgotamento da rede hospitalar da capital do Amazonas.