A Fiocruz pretende importar mais doses de imunizantes prontos como forma de contornar o atraso da chegada dos insumos para a produção da vacina de Oxford no Brasil. Prevista inicialmente para chegar ao país ainda neste mês, a matéria-prima vinda da China só deverá estar à disposição da fundação na segunda semana de fevereiro.
Na manhã desta segunda-feira (25), a fundação chegou a informar que a intenção era importar mais 10 milhões de doses de vacinas prontas junto ao Instituto Serum, da Índia. No início da tarde, contudo, a Fiocruz emitiu comunicado retificando a informação, e declarou que "a negociação segue em andamento e ainda não há um quantitativo acertado". As novas doses se juntariam aos 2 milhões que chegaram da Índia na sexta-feira passada (22).
No comunicado, a Fiocruz informou ainda que, em relação ao Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), insumo necessário para iniciar a produção da vacina no Brasil, o acordo com a AstraZeneca prevê o envio de 14 lotes de 7,5 milhões de doses, com intervalo de duas semanas entre cada remessa. O primeiro lote, para a produção de 7,5 milhões de doses, "está pronto para embarque, no local de fabricação, apenas aguardando a emissão da licença de exportação e a conclusão dos procedimentos alfandegários."
A falta de vacinas é um desafio para a campanha de imunização no país. Apesar de a previsão mais recente apontar que a chegada dos insumos à Fiocruz aconteça a partir de 8 de fevereiro, a fundação só poderá liberar as vacinas cerca de três semanas depois, já que existe a necessidade de testes.