Horas depois de a Secretaria Estadual da Saúde do Amazonas ter informado a intenção de transferir bebês prematuros que estão internados na rede pública, o Ministério da Saúde comunicou em nota à imprensa que conseguiu cilindros de oxigênio para manter os recém-nascidos por pelo menos mais 48 horas nas unidades de terapia intensiva (UTIs) em Manaus. O Estado amazonense vive um colapso em seu sistema de saúde, com falta de oxigênio no mercado.
Segundo o Ministério da Saúde, a medida atende a uma solicitação do governo do Amazonas para recém-nascidos que estavam no limite de oxigênio. A pasta disse que vai continuar monitorando a situação dos bebês e que “segue unindo esforços para conseguir mais balas de oxigênio para que os prematuros não precisem ser transferidos para outros estados”.
O Ministério diz que articulou com Estados e municípios a disponibilidade inicial de 56 leitos de UTI que poderão receber os recém-nascidos, caso seja necessário: 25 em Curitiba (PR), 11 em Vitória (ES), nove em Imperatriz (MA), quatro em Salvador (BA), três em Feira de Santana (BA), 1 em Ariquemes (RO) e três no município de Macapá (AM).
O governo também informou que vai prestar apoio no processo logístico de remoção, junto às Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, para que, caso ocorra a transferência, ela seja feita de forma segura e rápida, da forma mais cuidadosa possível, avaliando a necessidade e gravidade de cada recém-nascido. Os bebês que serão transportados seguem critérios clínicos definidos pelas equipes médicas, e serão acompanhados de profissionais médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para prestar todo apoio aos prematuros.