A vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo laboratório estadunidense Moderna garante, ao menos, três meses de imunidade aos pacientes após a aplicação da segunda dose. Isso é o que aponta o primeiro estudo independente sobre a eficácia do composto divulgado na revista científica inglesa New England Journal of Medicine nesta quinta-feira (3).
Foram testados os níveis de dois anticorpos após 90 dias da aplicação da segunda dose do imunizante. Os responsáveis pela pesquisa, os cientistas do Instituto Nacional da Saúde (NHI, sigla em inglês), constataram uma queda – considerada leve e prevista – nos 34 participantes do teste, mas em um nível que ficou ainda alto e acima da imunidade natural observada em pacientes curados da covid-19.
No parecer, foi escrito "produziu altos níveis de anticorpos neutralizantes e de ligação que diminuíram ligeiramente ao longo do tempo, como esperado, mas permaneceram elevados em todos os participantes três meses após a vacinação de reforço".
De acordo com a publicação, os participantes serão acompanhados pelos pesquisadores por mais 13 meses para testar a imunidade a longo prazo, visto que a expectativa é de que a duração da vacina seja superior a três meses.
Vale notar que estudos das farmacêuticas e dos laboratórios que produzem as vacinas contra o coronavírus dão estimativas da duração da imunidade, contudo ainda não se sabe por quanto tempo o organismo guarda essa defesa.
Uma segunda observação pontuada pelos estudiosos é de que não foram registradas reações adversas graves nos participantes na fase 1, que começou em março desse ano.