Geraldo Barbosa, presidente da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), falou à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira (07) sobre a disponibilidade de vacinas contra o coronavírus para comercialização nas clínicas particulares em 2021, à parte das doses disponibilizadas via Sistema Único de Saúde (SUS).
Barbosa explicou que as vacinas liberadas para uso em caráter emergencial não possuem registro para venda, neste caso, somente um produto aprovado com registro sanitário poderia ser oferecido pelo sistema particular.
Outro obstáculo é a quantidade de insumos e logística para a produção frente à grande demanda.
— Ainda é prematuro dizer quando haverá uma vacina para venda — argumentou.
Segundo o presidente, todas as fabricantes se encontram em negociação com o setor e não há uma preferência por nenhuma delas.
Sobre a logística de armazenamento, Barbosa garantiu que a rede privada tem condições de estocar as vacinas em temperatura negativa:
— Esse não é o limitador para nenhuma clínica privada no Brasil. O difícil é obter o imunizante para compra.
Barbosa encerrou dizendo que considera improvável a vacinação imediata nas clínicas particulares. O motivo é a dependência de que as fabricantes possuam doses registradas e que, após aprovadas, haja um excedente de produção para que então as clínicas negociem as doses. Neste panorama, é mais provável que a vacinação ocorra primeiramente na rede pública.
— Independentemente, nos colocamos à disposição dos governos para fazer essa operação da forma mais rápida possível — ressaltou.