O Ministério da Saúde anunciou na noite desta segunda-feira (7) que o governo brasileiro e a Pfizer avançaram nas tratativas de intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo laboratório americano em parceria com a alemã BioNtech. Nem a pasta nem a empresa deram mais detalhes sobre as negociações. Segundo o ministério, “os termos já estão bem avançados e devem ser finalizados ainda no início desta semana, com a assinatura de memorando de intenção”.
O andamento do processo de compra da vacina da Pfizer foi divulgado no mesmo dia em que o governador de São Paulo, João Doria, revelou cronograma de vacinação da população paulista com o imunizante desenvolvido pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Por enquanto, nenhum laboratório que desenvolve vacina contra o coronavírus tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Até o momento, AstraZeneca/Universidade de Oxford, Sinovac/Butantan e Pfizer/BioNtech entregaram seus testes para serem analisados pela Anvisa. A Sinovac ainda não encaminhou os resultados da fase 3, imprescindíveis para a avaliação tanto de pedidos de autorização de uso emergencial quanto de registro.
O governo brasileiro informou que já garantiu, no meio do ano, pelo menos 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca. Porém, a previsão é de que elas estejam prontas apenas em março. A logística e o armazenamento da vacina desenvolvida pela Pfizer são os grandes entraves elencados por representantes do Ministério da Saúde, já que as doses precisam ser acondicionadas a uma temperatura de -70°C. A pasta não informou, na nota divulgada à imprensa na noite desta segunda-feira, qual a forma que está sendo estudada para superar esses obstáculos. Nesta terça-feira (8), o Reino Unido começa a vacinar a população do país com o produto da Pfizer.