Os Estados Unidos aprovaram o uso emergencial de mais uma vacina contra a covid-19 na noite desta sexta-feira (18). A imunização da Moderna foi referendada pela Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora responsável por autorizar a utilização de medicamentos no país norte-americano.
É a segunda liberação de imunizantes contra o coronavírus nos Estados Unidos. Na sexta-feira passada (11), a Pfizer recebeu autorização emergencial para o uso da sua vacina.
O presidente norte-americano, Donald Trump, que deixará o cargo no dia 20 de janeiro, comemorou a autorização nas redes sociais. "Parabéns, a vacina da Moderna agora está disponível", disse ele.
A FDA considerou a vacina da Moderna segura e eficaz em uma síntese de dados publicada nesta semana. A análise confirmou uma eficácia média de 94,1%.
O objetivo dos Estados Unidos é vacinar 20 milhões de pessoas até o fim do ano e 100 milhões até março de 2021. Nesta sexta, o vice-presidente Mike Pence recebeu uma dose da vacina da Pfizer/BioNTech. O governo dos Estados Unidos encomendou 200 milhões de doses da vacina da Moderna e 100 milhões da Pfizer/BioNtech.
Dados sobre as seis vacinas que já tiveram sua eficácia anunciada ou que estão sendo pesquisadas no Brasil
Astrazeneca (Oxford)
- Eficácia: de até 90% (resultado preliminar)
- Tecnologia: vetor viral
- Doses: duas (foi mais eficaz no esquema meia dose + dose inteira)
- Vantagens: mais barata, produção mais rápida
- Desvantagens: poucos laboratórios têm capacidade para produzir, pode ter menor eficácia na vida real
- Previsão de chegada: janeiro de 2021. Tem acordo com o Brasil.
Janssen
- Eficácia: ainda não foi divulgado resultado preliminar para a fase 3
- Tecnologia: vetor viral
- Doses: estudos em andamento avaliam uma ou duas doses
- Vantagens: mais barata, produção mais rápida, não exige armazenamento em baixíssimas temperaturas
- Desvantagens: poucos laboratórios têm capacidade para produzir, pode ter menor eficácia na vida real
- Previsão de chegada: ainda não há previsão. Também não há acordo para fabricar ou vender no Brasil
Gamaleya (Sputnik V)
- Eficácia: 92% (resultado preliminar)
- Tecnologia: vetor viral
- Doses: duas
- Vantagens: mais barata, produção mais rápida
- Desvantagens: poucos laboratórios têm capacidade para produzir, pode ter menor eficácia na vida real
- Previsão de chegada: janeiro de 2021. Tem acordo com o Brasil
Pfizer + BioNTech
- Eficácia: 95% (resultado preliminar)
- Tecnologia: usa RNA
- Doses: duas
- Vantagens: mais rápida, menos eventos adversos
- Desvantagens: dificuldade logística de congelamento, tecnologia sem precedentes. É mais cara
- Previsão de chegada: a partir de março de 2021. Não tem acordo para fabricar ou vender no Brasil
Moderna
- Eficácia: 94,5% (resultado preliminar)
- Tecnologia: usa RNA
- Doses: duas
- Vantagens: mais rápida, menos eventos adversos
- Desvantagens: dificuldade logística de congelamento, tecnologia sem precedentes. É mais cara
- Previsão de chegada: não há previsão. Não há acordo para fabricar ou vender no Brasil
Sinovac (Coronavac)
- Eficácia: ainda não divulgada para fase 3
- Tecnologia: vírus inativado
- Doses: duas
- Vantagens: tecnologia consagrada, logística já conhecida. É mais barata
- Desvantagens: produção mais demorada
- Previsão de chegada: janeiro de 2021. Tem acordo com o Brasil