O presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai assinar nesta terça-feira (15) uma medida provisória com aval à liberação de R$ 20 bilhões para a compra de vacinas contra a covid-19. O anúncio foi feito a apoiadores que o aguardavam em frente ao Palácio da Alvorada, na noite de segunda-feira (14).
— Não é obrigatória (a vacinação). Vocês vão ter que assinar o termo de responsabilidade, se quiserem tomar. A Pfizer é bem clara no contrato: "Não nos responsabilizamos por efeito colateral". Tem gente que quer tomar, então toma. A responsabilidade é sua. Para quem está bem fisicamente, não tem que ter muita preocupação. A preocupação é o idoso, quem tem doença — disse Bolsonaro.
Líderes reconhecidos globalmente, como os ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton, já se prontificaram a promover a vacinação nos Estados Unidos. Os imunizantes são a aposta da ciência para que mais vidas não sejam ceifadas pelo coronavírus, que já matou cerca de 1,6 milhão de pessoas no mundo, sendo mais de 181 mil somente no Brasil.
Vacinação no Brasil
Também na segunda-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que vai decidir em até 10 dias sobre os pedidos de uso emergencial de vacinas contra a covid-19 no Brasil. A agência ressalta que todos os documentos necessários precisam ser submetidos para avaliação dos técnicos para que esse prazo passe a valer.
O órgão lembrou que não é por causa da concessão do uso emergencial nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Canadá que o Brasil vai fazer o mesmo automaticamente. "Acompanhando o cenário mundial, é possível perceber que nenhuma Autoridade Reguladora, até o momento, concedeu autorização de uso emergencial de forma automática, baseada na avaliação de um outro país".
A autorização para uso emergencial de uma vacina é dada para imunização de pequenos grupos descritos no momento do pedido à Anvisa. Já o registro da vacina é um processo diferente, que leva cerca de 60 dias para ser avaliado após o envio da documentação.