A farmacêutica AstraZeneca informou no domingo (1º) que a Agência Regulatória de Produtos de Saúde e Medicamentos (MHRA, sigla original) do Reino Unido iniciou uma revisão acelerada da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa em parceria com a Universidade de Oxford.
"Confirmamos a revisão em andamento da MHRA de nossa potencial vacina contra a covid-19", disse um porta-voz da AstraZeneca à agência de notícias Reuters.
Nessa revisão, os reguladores são capazes de ver os dados clínicos em tempo real e dialogar com os fabricantes de medicamentos sobre os processos de fabricação e testes para acelerar o processo de aprovação. O objetivo é acelerar as avaliações de remédios ou vacinas promissores durante uma emergência de saúde pública.
A vacina de Oxford/AstraZeneca é uma das que estão com os testes mais avançados. Ela está na fase 3 dos ensaios clínicos, assim como a da chinesa Sinovac, feita em parceria com o Instituto Butantan, a da Pfizer e da BioNTech. É somente ao final da fase 3 que consegue atestar a eficácia de uma vacina.
Na última segunda-feira (26), a farmacêutica britânica afirmou que sua vacina produz resposta imunológica similar em adultos mais velhos e mais jovens e tem reações adversas menores entre os idosos.
Testes no Brasil
Ao todo, 10 mil voluntários participam dos testes da vacina no Brasil, realizados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
No final de junho, o governo brasileiro anunciou um acordo de cooperação com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca para a produção em território nacional da vacina. O imunizante será fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
No início de outubro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu início ao processo de revisão de dados para registro da vacina no Brasil, realizado por submissão contínua, ou seja, as informações são avaliadas conforme se tornam disponíveis, não apenas no momento de um pedido formal.