O Rio Grande do Sul registra, nesta quarta-feira (25), seis das 21 regiões covid com mais de 80% de ocupação dos leitos das unidades de terapia intensiva (UTIs). O índice mais elevado é observado na região de Capão da Canoa, no Litoral Norte, com 90,4% de ocupação.
Dos 52 leitos de UTI disponíveis, 47 estão ocupados — mais da metade é formada por pacientes com suspeita ou confirmação para o coronavírus. Dos principais hospitais da região, apenas o Santa Luzia, em Capão da Canoa, registra um número maior de internados com outras enfermidades.
Em Torres, o Hospital Beneficente Nossa Senhora dos Navegantes está com 100% dos leitos de UTI ocupados e registra mais pessoas internadas nos leitos clínicos do que o inicialmente previsto para o atendimento.
Já o Hospital de Tramandaí, que tem 21 leitos disponíveis, está com 85,7% de ocupação. Dos 18 pacientes internados, 10 têm confirmação ou suspeita de coronavírus. O secretário de Saúde do município, Luciano Saltiel, afirma que a região não havia passado por uma situação semelhante desde o início da pandemia.
— Mesmo no inverno não tivemos um número tão alto de positivados e hospitalizados no Litoral Norte. Essa situação é muito preocupante, pois ainda nem iniciamos o período de veraneio. Já solicitei ao governo do Estado mais seis respiradores para ajudar no tratamento dos pacientes — reforçou o secretário.
O predomínio de internações relacionadas à covid-19 também ocorre nas regiões de Caxias do Sul, com 81% de ocupação, Novo Hamburgo, com 88%, e Taquara, com 85% de leitos em uso.
Já em Passo Fundo, com 80,6% de ocupação dos leitos de UTI, e Uruguaiana, com 84,6%, o maior número de internações é por outras doenças.
No Estado, a média geral de ocupação dos leitos está em 75,8%. Na terça-feira (24), a Secretaria Estadual da Saúde confirmou que emprestará ao Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, equipamentos para a abertura de mais 10 leitos de UTI.
GZH questionou a pasta sobre a possibilidade de abertura de mais leitos, mas, até o momento, não obteve retorno.