O Hospital Mãe de Deus anunciou nesta quarta-feira (25) que está restringindo o atendimento na área exclusiva para pacientes com sintomas gripais, chamado de Espaço Azul, e na emergência. A medida já está em vigor. A instituição é a segunda na Capital a realizar esse tipo de ação em função do aumento na procura – a primeira foi o Hospital Moinhos de Vento.
De acordo com o Hospital Mãe de Deus, só serão atendidos pacientes oncológicos em tratamento na instituição, em hemodiálise, que receberam alta nos últimos sete dias e apresentam risco de morte. O diretor-geral da instituição, doutor Rafael Cremonese, afirma que o crescimento no número de pacientes começou a ser observado há cerca de 15 dias.
— Nos últimos 15 dias chegamos a ter uma procura que não observamos no inverno. No entanto, não chegou a ser semelhante ao que vivemos em junho/julho, quando estávamos no pico da pandemia. O atendimento da covid-19 vem tendo picos de crescimento e algumas reduções, mas sempre mantendo um número comum de atendimentos — explicou o diretor-geral.
A medida segue até a próxima segunda-feira (30), quando será reavaliada pela diretoria do Hospital Mãe de Deus.
Na última segunda-feira (23), o Hospital Moinhos de Vento anunciou que seguiria não atendendo pacientes com suspeita, especificamente, de covid-19, com sintomas leves ou quadro de menor gravidade. A medida já dura 10 dias e se deve ao aumento dos casos da doença registrados nas últimas semanas.
No Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a procura por atendimento por pessoas com sintomas da covid-19 aumentou 70% nos últimos dias. Desde março, a emergência da instituição é referência para casos de média e alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) somente para casos encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Por conta disso, a maior parte da procura é de pacientes que dispõem de convênio ou que recebem atendimento particular.
O Divina Providência não registrou um aumento significativo na procura por atendimento nos últimos dias.
Já o Hospital de Clínicas está com a emergência lotada nesta quarta-feira e, de acordo com a instituição, a procura vem crescendo desde setembro. No entanto, a predominância nos atendimentos é de pessoas com outras doenças que não o coronavírus.
— Nos últimos dias tivemos um crescimento significativo na busca por auxílio médico. A maioria ainda é por conta de doenças crônicas, que deixaram de buscar ajuda em função da pandemia e agora estão com complicações — revelou a chefe da Unidade Observação Verde do Clínicas, Silvana Teixeira Dal Ponte.
O Hospital Conceição confirmou que também registrou um aumento geral de pacientes por dia nos últimos dois meses. No entanto, a instituição afirma que os números estão adequados para a capacidade de atendimento.